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Salgueiro Celebra 70 Anos com Desfile Crítico sobre o Paraíso

Na madrugada desta segunda-feira, o Acadêmicos do Salgueiro, penúltima escola a desfilar na Sapucaí, trouxe uma abordagem inovadora para o Jardim do Éden em seu septuagésimo aniversário. Sob o enredo “Delírios de um paraíso vermelho”, a agremiação carioca explorou críticas aos preconceitos sociais, pecados e a eterna luta entre o bem e o mal, buscando conquistar o décimo título.

O desfile teve início com uma emocionante homenagem a Joãosinho Trinta, denominada “O Julgamento”, onde o carnavalesco duelava com a morte, simbolizando a devolução do Carnaval ao povo. Destacou-se, especialmente, o gigantesco carro abre-alas, representando o Jardim do Éden com Adão e Eva, marcando a origem da vida humana. No entanto, a grandiosidade do carro trouxe desafios práticos, com integrantes enfrentando dificuldades para posicioná-lo na avenida.

O imponente carro media 100 metros de comprimento e 16 metros de altura, podendo alcançar 20 metros com os destaques. Surpreendentemente, transportava 35 mil litros de água, alimentando dois chafarizes que jorravam, criando um espetáculo visual deslumbrante.

Com um contingente de 3,2 mil integrantes distribuídos em 28 alas e cinco alegorias, sete delas representaram os pecados capitais, como “Te devoro” (gula), “Uma preguiça inebriante” (preguiça), e “Os Verdugos” (ira). MC Rebecca e a atriz Dandara Mariana foram destaques, trazendo representações vívidas de “Amores efêmeros” e Leviatã, respectivamente. À frente da bateria Furiosa, a atriz Viviane Araújo ostentou seu posto pelo 15º ano consecutivo.

Destacando a diversidade no paraíso, a ala “‘Todes’ a bordo!” surgiu com as cores da bandeira arco-íris, celebrando a comunidade LGBTQIA+. A alegoria “A barca do renascimento – A revolução que vem das águas” foi inspirada no Día de los Muertos, uma festa tradicional mexicana, onde a personagem Caronte conduziu almas para o mundo dos mortos.

Alas como “Dos que vivem da fome aos que morrem com fome”, “Regência de baco”, “São Zé Pereira”, “Bate-bolas alados” e “O lixo extraordinário é um luxo” enriqueceram o desfile. O Salgueiro encerrou sua apresentação com o carro “Vermelho Paixão em um paraíso delirante” e a ala “Canto de uma nova era”, oferecendo uma conclusão emocionante a esse capítulo especial em sua trajetória de 70 anos. Resta agora aguardar a avaliação dos jurados para conhecer o desfecho deste desfile crítico e grandioso.

Vídeo da Bateria e Carro de Som