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G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

Histórico

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Em Ramos encontra-se a única escola de samba representante no Grupo Especial dos subúrbios cariocas da zona da Leopoldina - a Imperatriz Leopoldinense - em cuja bandeira cada um desses bairros são lembrados por uma estrela dourada. A zona da Leopoldina é um tradicional foco de resistência de cultura popular brasileira. Ao contrário do que muitos imaginam, essa região carioca sempre foi tão importante e famosa na qualidade de seu carnaval e competência de seus sambistas quanto seus rivais subúrbios da central. Em seu coração acha-se o maior e mais representativo acontecimento pré-carnavalesco - A Festa da Penha - tradicional cenário de confraternização de sambistas e lançamento de sua respectiva produção musical destinada ao próximo carnaval. Ali encontra-se o maior e mais famoso Bloco Carnavalesco do Rio de Janeiro - o Cacique de Ramos - e a Folia de Reis mais esperada na cidade. Foi nesse farto "caldeirão" de cultura popular que se fundou a Imperatriz Leopoldinense, uma quarentona, valente, embora femininamente elegante, que oferece majestosos carnavais aos cariocas e arranca, astuciosa e inesperadamente, vitórias inesquecíveis.

Foi Amaury Jório quem idealizou a fundação da agremiação, com os dissidentes da Recreio de Ramos.

Fundadores: Oswaldo Gomes Pereira (primeiro presidente da escola), Amaury Jório, Elísio Pereira de Mello, Agenor Gomes Pereira, Vicente Venâncio da Conceição, José da Silva (Zé Gato), Jorge Costa (Tinduca), Francisco José Fernandes (Canivete), Manoel Vieira (Sagüi), Aloísio Soares Braga (Índio), entre outros.

O nome da escola é uma homenagem a todos os subúrbios servidos pelos trens da linha da Leopoldina: seus fundadores, ao criarem a bandeira, fizeram figurar nela 13 estrelas, simbolizando aqueles logradouros, sendo que uma se destacava por representar Ramos (berço da escola).

Em 1967, ao criar o departamento cultural, Amaury Jório convidou para integrá-lo Oswaldo Macedo, Ilmar de Carvalho, Fernando Gabeira e Hiram Araújo.

Um fato inusitado aconteceu com a agremiação no desfile do carnaval de 1965. Apesar de se exibir sem o mestre-sala e a porta-bandeira, e sem alegorias, os jurados deram notas ao casal, respectivamente: mestre-sala, 6 e porta-bandeira, 8. O fato causou grande confusão durante a apuração.

A Imperatriz, como a escola costuma ser chamada, foi criada em 6 de março de 1959 e reviveu, em 39 carnavais, as glórias de sua ancestral, a Recreio de Ramos. Seus formidáveis sambistas inovaram, fundando o primeiro departamento cultural em escola de samba, tirando da literatura e arte modernas os temas para os enredos. Trataram, desde cedo, de avisar, ameaçadoramente, às concorrentes que se julgavam inabaláveis que "nos pequenos frascos é que se encontram os piores venenos". Dito e feito: conquistou oito campeonatos dos quais dois bicampeonatos e um tricampeonato (1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001).

O falecido carnavalesco Arlindo Rodrigues fez três belos carnavais na Imperatriz, 80/81/82, obtendo respectivamente os 1°, 1° e 3° lugares.

As cores de sua bandeira - verde e branco - remetem àquelas de sua madrinha, o Império Serrano, naturalmente de nobre estirpe. Seu nome nobiliárquico parece ter sido curiosamente inspirado no da loja de tecidos - Imperatriz das Sedas - existente próximo à estação de Ramos. Aliás, a quadra de ensaios da Imperatriz é especialmente bem localizada no que diz despeito à vizinhança essencialmente residencial e de muito fácil acesso, a dois quarteirões da estação de Ramos e pouco mais de 15Km do centro da cidade. Hoje, em seus desfiles denota-se a performance da comissão de frente, do casal de mestre-sala e parta-bandeira, da ala de baianas e da bateria. As baianas são tetra-campeãs do Estandarte de Ouro.

No que se refere à comissão de frente, a Imperatriz sempre sobressaiu-se: nos anos 70 por perfilar mulatas esculturais, vestidas de acordo com o enredo; nos anos 80 por ser composta, com garbo e elegância, por bambas do samba e do futebol e, na década atual, pela coreografia dramatizando o enredo executada por jovem de sua comunidade. Resultado: Há praticamente três décadas recebe pontuação máxima e aplausos calorosos do público e da crítica.

Mas nada emociona mais que a dança harmoniosa, sincronizada e efervescente do par que conduz a bandeira da escola - Maria Helena e Chiquinho, mãe e filho, atualmente os mais famosos e respeitados, especialmente por sua fidelidade à Imperatriz, coisa extinta em nossos dias, exceção à regra.

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