G.R.E.S. UNIDOS DO JACAREZINHO |
Sinopse 2015 |
Conta o velho pajé que a noite, quando chega, carrega com ela algumas das assombrações mais temidas pelos índios: o Boitatá, o Curupira, Boiúna, a Cuca e até Mula Sem Cabeça. A mata ganha reflexos e sombras onde tudo ganha vida na imaginação dos pequenos índios. Mas vão os bravos curumins descobrir o caminho da luz para vencer seus próprios medos. Todos se juntam e tentam em vão fazer uma grande fogueira. “E se pedíssemos a Tupã para nos dar de presente as estrelas? Elas aqui ao nosso lado iluminariam as matas e dessa forma poderíamos brincar tranquilos!” – Opinou um indiozinho. Todos riram do pequeno, até que de repente uma estrela caiu do céu. Um grande clarão ofuscou a íris dos petizes e ninguém era capaz de chegar perto daquela fantástica claridade. O grupo correu para socorrer a pobre estrelinha, que chorava muito e só pensava em voltar para o lado de suas irmãzinhas. Ora, não foi desejo atendido do grande Deus Tupã, foi um acidente! Dessa forma, os pequenos guerreiros bolam um plano para tentar fazer com que a estrelinha volte para o céu: “Vamos criar um
arco gigante e empurrar nossa amiguinha para o alto, com muita força!” Nenhuma das ideias deu muito certo, até que os índios resolveram convocar todos os pássaros da floresta para carregar a estrela de volta ao céus. Foram chamados Araras, Papagaios, Bem-Te-Vis, um João de Barro, Tucanos e até o temeroso Urutau, o pássaro solitário de canto triste. Mas o brilho da estrela era tão forte que nenhum pássaro conseguia voar com ela sob suas asas. Chegou a vez dos insetos. Abelhas, Murissocas, Pernilongos, Borboletas e Besouros tentaram, mas todos também não suportaram o brilho estonteante da pobre estrela. De repente, no meio daquele grupo de indiozinhos preocupados, um inseto fraquinho, feio e bem apagadinho, resolve tentar ajudar. Todos riram daquele inseto, que de tão insignificante nem nome tinha. Até que um dos curumins deu a ordem para que o inseto sem nome tentasse. Já que nenhum outro pássaro nem ser de asas tinha conseguido, quem sabe o pequenino não conseguiria? O frágil inseto pegou nos seus braços a estrela caída e começou a bater suas asinhas transparentes e, subitamente, com uma força descomunal, levanta a estrela em uma altura inimaginável. E ela foi bem alto, bem alto, até sumir no meio de suas irmãs. A mãe da estrelinha, Dona Lua, emocionada, resolve então presentear o pequenino inseto dando-lhe luz na sua traseira: era uma luz linda, forte e quente, tornando o o pequenino ser em dos insetos mais lindos da floresta. Vago Luma, Luze-Luze, Luzica, Pastorinha. Cago-Lume, Vaga-Lume, Noite-Luz, Fuzilete, Bicho Luzente. Não importa o nome, e sim que agora ele é um inseto lindo e será sempre reconhecido com seu brilho por onde andar. Na volta para a aldeia, o inseto conta a história para os pequenos curumins que agora além de terem um guerreiro forte e corajoso, possuem um amigo que pode iluminar as matas para que eles brinquem sem parar pelas madrugadas da aldeia. Salve o pequeno inseto corajoso! Salve os Pirilampos, nome que os curumins batizaram o tal inseto e os seus descendentes! E quem provar que
é mentira, que prove agora ou que sambe sem parar!
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