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S.R.E.S. LINS IMPERIAL
Samba-Enredo
1990

Madame Satã

Russo, J. Mercadante, Neguinho Andrade, Homero Guiné
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A lua vem brilhando cor de prata
Pra iluminar a Lapa
Dos sambistas e seresteiros
Que ao trocarem a noite pelo dia
Divulgavam as melodias
Do nosso cancioneiro
Quem não conhece esse recanto

De beleza e de encantos
A boemia é seu costume principal
Lapa, dos malandros e artistas
Das mundanas que conquistam
Dos famosos cabarés
Vinham rufiões e cafetinas
Disputar em cada o comércio dos bordéis

Navalha no bolso e chapéu de Panamá
Lá vai o malandro o baralho cartear              (bis)

João Francisco dos Santos
Abandonou a sua terra natal
Fez da sedutora Lapa
O seu mundo ideal
Vagando pelas ruas encontrou Catita
Rainha das casas de tolerância
Que acoitou o menino
Dando proteção e confiança
Cresceu no meio da malandragem
Alimentando o sonho de artista
E nos anos 20 foi lançado no teatro de revista
E no república brilha João fantasiado de morcego
Ganhou o vulgo de Madame Satã
Pela polícia que roubou o seu sossego

Satã é mais um anjo
Que o inferno acolheu               (bis)
A Lapa é um mundo
Que jamais ele esqueceu