Inocentes de Belford Roxo – Sinopse 2017

CARNAVAL DE 2017

SINOPSE DO ENREDO

Os Vilões – O Verso do Inverso

Inocentes de Belford Roxo - Logo do Enredo - Carnaval 2017

 

“Eis que esse anjo me disse apertando minha mão
com um sorriso entre dentes vai bicho desafiar o coro dos contentes”
Jards Macalé e Torquato Netto

 

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Inocentes de Belford Roxo para o carnaval 2017 põe o antagonista no papel principal, em uma tragicomédia atemporal, apresentaremos uma narrativa com “auto” sabor de verdade, pontuando o jogo das avessas na divina comédia da vida.

Vamos salientar os traços e perfis dos vilões, anti-heróis, aldeões anarquistas, incompreendidos e alguns personagens que “amamos (odiar) ?! ”.

Entrelaçando fantasia e realidade. O enredo é uma ficção com impostação fabulista, que sinaliza que cada um de nós somos muitos e podemos viver no bel prazer. O samba convida a poesia, pra brincar a bordo da barca do inferno onde a alegria da transgressão e a sedução para os versos que aceita a escuridão sem pecado e sem juízo na farsa da sátira social …

O abraço da serpente mutila os heróis que se entregam ao paraíso do desejo, e sem nenhum caráter vão navegando por rios de revoluções e revoltas deixando vestígios nos traços da história. E a margem desses rios são guardadas vozes seculares que ecoam, na terra, no céu, nos terreiros e altares.

Entre confetes e serpentinas com a navalha na carne faz tremular o estandarte bandalho para que sejamos todos marginais e heróis, na utopia chamada Brasil onde habita toda quadrilha.

A maquinação da arte revela a face maléfica dos grandes personagens que habitam a memória coletiva do povo, a maldade extrema e/ou com contornos lúdicos vai festejando o direito profano de não ser perfeito, entre rumores e intrigas a maquiagem da magia singulariza: a loucura, o ódio e o orgulho entre outros “vícios” !!! no qual a representação provoca uma reflexão invertida tal como vai quebrando o pacto da fantasia revelando a charada e a desilusão do quanto é cruel ser real…

No teatro Nacional (a convenção de vilões) é a apoteose da ilusão, insanidade e picardia. E em seus recantos mascarados, a folia errante recita um poema com versos para os inversos. E quando o batuqueiro meter a mão no couro, a sirene tocar, os fogos luzirem. A cadência da baixada ira revela que entre trapaças e tropeços o grande vilão se tornou inocentes pois o único crime que cometeu foi roubar corações …

 

Carnavalesco: Wagner Gonçalves