Imperatriz Leopoldinense – Sinopse 2019

CARNAVAL DE 2019

Imperatriz Leopoldinense - Bandeira
SINOPSE DO ENREDO

Me Dá Um Dinheiro Aí

Imperatriz Leopoldinense - Bandeira

Imperatriz Leopoldinense - Logo do Enredo - Carnaval 2019

 
Introdução:

Em uma análise positiva divulgada sobre as impressões dos turistas que visitaram o Brasil em 2018, apesar da situação de crise política/econômica que vivemos, o 1º lugar refere-se à “cordialidade, o humor e a simpatia do povo brasileiro” (82 %).

Isso nos fez lembrar o caderno de anotações do antropólogo belga Claudio Levi Strauss (1908 / 2009) a respeito dos índios brasileiros: “ uma imensa gentileza, uma profunda despreocupação, uma ingênua e encantadora satisfação animal e, reunindo esses sentimentos variados, algo mais comovente e verídico da ternura humana” achamos que isto se estende e descreve de forma clara o nosso povo, especialmente as classes mais humildes.

A ideia básica deste desfile, que abrange alguns assuntos mais graves, é tratá-los, através de metáforas ou de forma sempre bem-humorada, que, aliás, faz parte de uma tradição de humor brasileiro (Barão de Itararé, Silvino Neto, Chico Anísio, Casseta e Planeta, Jô Soares, Está no Ar, etc.). Como por exemplo, uma impressão histórica do humorista Claudio Manoel a respeito dos nossos governantes: “… Duarte da Costa, Governador Geral do Brasil (1553 / 1558), foi o primeiro representante de uma escola de governar que virou tradição no Brasil nos séculos seguintes. Tinha como premissa a ideia de que o papel de governante é o de fazer quase nada e roubar quase tudo”.

O fato é que os dramas existem e estão aí plantados e, por uma hora e quinze minutos, esperamos proporcionar ao público um espetáculo leve e divertido, apesar das mazelas.

Finalizando, uma frase do cartunista, Jaguar que sintetiza o nosso conceito: “está tudo tão sinistro que é preciso rir para poder respirar”.

 

Sinopse:

O nosso Enredo vai falar sobre o dinheiro e sua relação com o ser humano, desde a sua invenção, até a época atual.

O dinheiro é sem dúvida alguma, um dos instrumentos de maior importância na vida econômica das nações e das pessoas.

Grana, ervanário, tutu, numerário, espécie, ganho, proveito, meios, erva, dindin, recursos; chame-o como quiser, o dinheiro tem importância, faz diferença. Para os cristãos, o amor por ele está na raiz de todo o mal. Para os generais, o sustentáculo das guerras; para os revolucionários, os grilhões do trabalho. Mas o que exatamente é o dinheiro? É uma montanha de prata, como os conquistadores espanhóis achavam? Ou bastariam apenas tabuletas de barro ou papel impresso? Como acabamos vivendo num mundo onde a maior parte do dinheiro é invisível, pouco mais do que números numa tela de computador? De onde o dinheiro veio? E para onde ele foi?

(…) o sistema financeiro é genuinamente complexo, e muitas das relações dentro dele são não lineares e até mesmo caóticas. A ascensão do dinheiro jamais foi suave, e cada novo desafio recebe uma nova resposta dos banqueiros e os da sua espécie. Como um horizonte andino, a história das finanças não é uma curva suave para cima, mas uma série de picos e vales recortados e irregulares. Ou, para variar a metáfora, a história financeira parece um caso clássico de evolução em andamento, não obstante uma estrutura de tempo mais apertada do que a da evolução natural no mundo natural.

Nosso desfile começa contando duas lendas clássicas que lançam uma luz sobre a justiça e a ganância humana pelo dinheiro.

A primeira fala de Robin Hood, herói mítico inglês (séc. XII) que roubava da nobreza, que vivia da exploração do povo através de impostos e taxas extorsivas, e distribuía para os pobres.

A segunda lenda, conta a história do Rei Midas que tendo recebido dos deuses a capacidade de transformar em ouro tudo que tocasse, logo vem a dádiva como uma maldição; até mesmo sua filha predileta virou ouro.

Em seguida vamos viajar até o século VII AC, no Reino da Lídia (Turquia atual) aonde foram criadas as primeiras moedas.

Depois da moeda veio o papel, os chineses foram os primeiros a perceber a vantagem de lidar com o dinheiro na forma de documentos de papel no século X.

Em relação ao Brasil, começamos narrando a 1ª relação de troca entre os índios e descobridores em 1500, (o escambo).

Somente quase dois séculos depois, foi criada a Casa da Moeda da Bahia, marco da produção das primeiras moedas brasileiras, grandemente utilizadas na compra de escravos, um capítulo hediondo da nossa história que durou quase 3 séculos.

Com a República e o progresso vieram inúmeros meios de guardar e investir dinheiro: depósitos bancários, aplicações financeiras e assim por diante.

Também veio a divisão da sociedade em classes, denunciando uma alta desigualdade de renda: poucos com muito e muitos com tão pouco.

A chance de ascender à uma classe superior é muito limitada, com raríssimas exceções, de forma ilícita ou por um golpe de sorte, como por exemplo, através de um prêmio acumulado na Loteria – a roda da fortuna.

Também abordamos o lado popular e bem-humorado do dinheiro com o personagem do Tio Patinhas e o cofre do porquinho, representado pela nossa Ala das Crianças.

E encerramos o desfile falando do futuro (já presente), através das moedas criptográficas- um sistema de recurso digital, projetado para funcionar como um meio de troca.

A partir de 2010, algumas empresas em escala global começaram a aceitar Bitcoins.

E o Carnaval do futuro? Desfiles intergalácticos?

A Imperatriz flutuando no espaço sideral?

Aguardemos…

 
SETORIZAÇÃO

SETOR 1 – AS LENDAS

Abrimos o nosso desfile representando 2 lendas importantes que se referem diretamente ao dinheiro: Robin Hood e A Lenda de Midas.

SETOR 2 – A INVENÇÃO DO DINHEIRO

As mais antigas moedas que se conhecem foram feitas no séc. VII no Reino da Lidia (Turquia atual). Feitas de liga de ouro e prata, conhecida na época como “eletro”.

Cédulas não passam de pedaços de papel, mas são aceitas como dinheiro. O valor está no que elas representam. Os chineses foram os primeiros a lidar com o dinheiro na forma de documentos de papel.

SETOR 3 – TERRA BRA$ILI$. O DINHEIRO DO BRASIL

A história do dinheiro no Brasil começou de forma insólita logo após o descobrimento, com um fato importante para o meio circulante brasileiro: o primeiro escambo. Ao desembarcar em terra, os portugueses, num gesto amistoso, lançaram à praia um barrete vermelho, uma carapuça e um sombreiro. Os índios, imediatamente, responderam lançando um cocar de penas e um cocar de contas.

Nos períodos colonial e imperial até 1888, a economia brasileira sobrevivia através da exploração dos escravos trazidos da África e vendidos como mercadoria. Um dos períodos mais hediondos da nossa história.

SETOR 4 – TEMPOS MODERNOS

Hoje temos à disposição inúmeros meios de guardar e investir dinheiro: depósitos bancários, aplicações financeiras, cheques, cartões de crédito, caixas automáticos, previdência privada e etc.

SETOR 5 – A RODA DA FORTUNA

A roda da fortuna vai falar sobre pessoas de origem humilde que através do talento pessoal ou da sorte conseguiram crescer na vida com sucesso financeiro.

SETOR 6 – O FOLCLORE E O DINHEIRO

Neste setor abordaremos o Tio Patinhas, o cofre do porquinho e também o dinheiro na teleficção.

SETOR 7 – DINHEIRO E CARNAVAL DO FUTURO

Em relação ao dinheiro podemos anunciar que o futuro já começou através das moedas virtuais. A mais famosa delas é o Bitcoin.

E completando esse futuro “virtual” e intergaláctico imaginamos a Imperatriz do futuro.

 

KAKÁ E MÁRIO MONTEIRO