São Clemente
Espetacular, São Clemente com jeito, cheiro, sabor de São Clemente. Com o “Conto do Vigário”, enredo elaborado por Jorge Silveira, a preta e amarela da zona sul fez um ótimo desfile, um dos melhores de sua história. O grande destaque do desfile foi o enredo: irônico, divertido, simples e direto, todos conseguiam visualizar o que estava sendo contado, e que casou muito bem com o estilo da escola e do carnavalesco. A plástica da escola foi outro ponto alto, de extremo bom gosto, fantasias e alegorias que muitas vezes nem se precisava de guia de desfile pra entender, quem não pescou quem Marcelo Adnet representava?
O Samba muito criticado no pré-carnaval funcionou muito bem, evolução e harmonia apresentaram falhas leves, mas de um modo geral a São Clemente fez um grande desfile, que deveria brigar para voltar no sábado das campeãs.
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Vila Isabel
Rica, porém, fria, assim podemos definir a Unidos de Vila Isabel. O efeito Petrópolis não se repetiu esse ano, azul e branco de Noel apresentou o enredo ““Gigante Pela Própria Natureza: Jaçanã e um Índio Chamado Brasil” que a grosso modo se mostrou uma aquarela brasileira 2, um grande passeio pelas regiões do Brasil, terminando em Brasília, um enredo confuso que propiciou uma bela plástica, mas um desfile desinteressante. O Samba também não ajudou, pouco empolgava, apesar da bela atuação de Tinga e da Swingueira de Noel do Mestre Macaco Branco.
Evolução e harmonia foram apenas razoáveis, podendo ser penalizadas na quarta-feira. A escola pode briga pelo sábado das campeãs devido ao requinte plástico e outros quesitos, como bateria. Com um enredo de um apelo popular o resultado poderia ser bem diferente.
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Salgueiro
O Acadêmicos do Salgueiro, assim como a unidos de Vila Isabel, também se complicou no quesito enredo. Em um enredo sobre Benjamin de Oliveira, pouco se viu sobre ele, muito menos sobre o Circo brasileiro que este vivenciou. O Desfile foi uma grande parada de representação de circo estado unidense, típico de filmes e seriados de TV, embora que a reprodução fosse de ótima qualidade e de diversas sacadas geniais, só faltou falar do homenageado.
O samba cumpriu seu papel, interpretado por Emerson Dias e Quinho, e a bateria furiosa de mestres Gustavo e Guilherme conseguiram empolgar a escola com seu ritmo e paradinhas. O salgueiro deve brigar paga voltar nas campeãs na quarta-feira de Cinzas.
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Unidos da Tijuca
Irreconhecível, a Unidos da Tijuca fez um dos piores desfiles de sua história. A Azul e Amarela do morro do Borel veio com o enredo “ “Onde moram os sonhos”, uma homenagem à arquitetura. Logo na Comissão de frente, muitos erros, led não funcionavam, prejudicando toda a proposta dos coreógrafos. O Samba, um dos melhores do ano, não conversava com o que estava sendo apresentado em alas e alegorias. Alegorias e fantasias foram de péssimo gosto, baixo refino e acabamento.
Para sorte do povo tijucano, a escola tem muito quesitos fortes como Bateria, evolução e harmonia que passaram sem erros e podem gabaritar e ajudar a escola a permanecer no grupo especial.
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Mocidade
Um enredo caro à mocidade, falar de Elza Soares em Padre Miguel é como falar de uma divindade. Mulher negra, pobre saiu da vila Vintém, venceu barreiras e preconceitos, ganhou o mundo, e assim a Mocidade brilhantemente conseguiu retratar em um belo enredo. Um samba de primeira qualidade interpretado por Wander Pires, com auxilio da excelente bateria de mestre Dudu empolgaram a escola que cantou no inicio ao fim, um desfile para fazer qualquer independente sair debulhado em lágrimas por cantar uma figura tão representativa de sua comunidade.
A parte plástica da escola da escola veio muito bem até a primeira metade do desfile, entretanto a segunda metade deixou um pouco a desejar, podendo ser possível de penalização. Entretanto não tira o brilho do grande desfile que com certeza disputa título.
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Beija-Flor
A Beija-Flor voltou a ser a Beija-Flor, assim podemos definir a passagem da azul e branco de Nilópolis fechando o carnaval 2020. Com um enredo sobre caminhos e ruas, a escola começou com uma comissão de frente que misturava povo de rua e automóveis, uma mistura um tanto uma quanto duvidosa, logo em seguida Selminha Sorriso e Claudinho deram seu tradicional Show nas apresentações. A comunidade nilopolitana novamente rasgou o chão cantando o samba e a evolução da escola ocorreu sem nenhum problema.
O desenvolvimento do enredo muitas vezes soou como forçado e a plástica da escola em diversos momento deixou a desejar. Destaque positivo para bateria de Mestres Rodney e Plinio que mais uma vez deu um show na Sapucaí, um ritmo incrível e afinação impecável. Beija-flor deve voltar com folga no desfile das campeãs.
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