Estácio

A bateria da escola do morro de são Carlos deu inicio aos trabalhos pelo grupo especial e iniciou seu desfile em 152 BPM, mas em poucas passadas caiu para 150 BPM mantendo uma certa regularidade desde então. A batucada apresentou um ritmo consistente com uma belíssima ala de caixas e com total destaque para o conjunto de bossas do Mestre Chuvisco, muito criativas e bem executadas.
A bateria enfrentou um pequeno problema durante a execução de uma das bossas em frente ao terceiro módulo de jurados,
mas em frente a ultima cabine, a mesma bossa foi chamada novamente pelo mestre e a bateria executou com perfeição, levando o público ao delírio e recuperando a auto estima de seus ritmistas e diretores.

 

Viradouro

Mestre Ciça chega em seu segundo ano à frente da bateria após o seu retorno e parece estar muito mais à vontade na função. Assim como a Estácio, a batucada da comunidade do Barreto começou seu desfile em 152 BPM, mas depois ficou alternando entre 148 e 150BPM durante o desfile. Com bossas simples, mas bem funcionais, a bateria conseguiu uma excelente comunicação com o público e o ápcie vinha sempre na bossa do refão final, em que surgiam três mulheres em cima de um tripé tocando atabaque, bem típico do Mestre Ciça. Foi um desfile seguro e que tem tudo para conseguir nota máxima na quarta-feira.

Mangueira

A bateria da Verde e rosa mais uma vez mostrou que está em constante evolução. Mestre Wesley vem fazendo um trabalho muito bom desde a sua chegada em 2019 e tem dado muita atenção para alguns naipes que antes eram visto como grandes problemas da bateria, como a ala de tamborins e também o aprimoramento na acentuação das batidas das caixas. A batucada comecou seu desfile em 149 BPM, mas depois encontrou regularidade em 148 BPM.
Apesar de ter sido uma bela apresentação no desfile, infelizmente a bateria sofreu bastante e não conseguiu ter uma performance no nível que tivera uma semana atrás, no teste de luz e som do sambódromo. O motivo? A fantasia. isso mesmo! Já é o segundo ano na história recente que a bateria é prejudicada pela fantasia. Em 2018, os integrantes foram obrigados a desfilar com uma máscara de bate-bola, fazendo o ritmista ficar desconfortável e que teve o ritmo prejudicado como consequência. Esse ano os mesmos foram obrigados a desfilar com uma máscara de pano tapando boca e nariz, deixando o ritmista mais uma vez numa posição de desconforto, além da fantasia muito quente e que também abafava o som dos instrumentos. Tinha tudo para dar errado, mas os ritmistas se superaram e mesmo com todas as adversidades, fizeram um bom desfile. Uma pena é só saber que a bateria tinha potencial de entregar muito mais se estivesse numa posição bem mais favorável

Paraíso do Tuiuti

A Super Som comandada pelo Mestre Ricardinho teve um bom desempenho durante o desfile. Bossas bem encaixadas na métrica do samba e com destaque para a afinação bem peculiar das marcações e das caixas, deixando a bateria bem leve. No inicio do desfile, o andamento estava em 151 BPM, mas seu andamento constante ficou em 150 BPM.
O único problema constatado foi uma certa irregularidade na ala de tamborim, que por vezes na empolgação acabava tocando um pouco a frente do compasso , mas quando isso ocorria, era rapidamente corrigido pelo diretor.

Grande Rio

Mestre Fafá está em grande fase! Vem de um ano magistral e recheado de prêmios, incluindo o estandarte de ouro, que é o mais cobiçado de todos. Tinha tudo para fazer mais uma excelente apresentação em 2020, mas encontrou um problema muito grande no caminho, o som do sambódromo. Todos já sabem da fama que o sistema de som da Sapucaí tem, então infelizmente isso não é novidade para muita gente, mas por mais que o som tenha prejudicado de uma forma geral todas as escolas nesse domingo de carnaval, podemos afirmar que de longe a grande rio foi a mais prejudicada.
Já no primeiro recuo, a dificuldade do mestre e de seus diretores era muito grande por conta do delay nas caixas de retorno, deixando seus ritmistas muito inseguros porque eles precisavam ignorar oque saia das caixas de som e se guiar apenas pelos seus diretores. Mas o pior ainda estava por vir, então quando a bateria iria se apresentar para o primeiro módulo de jurados, o delay foi tão grande que acabou prejudicando muito a bateria, que por sua vez não tem culpa alguma. Ficou totalmente refém da situação. Apesar de todos esses problemas, a bateria do mestre Fafá é uma das melhores do carnaval carioca, com um nível técnico altíssimo, então conseguiu fazer um ótimo desfile no geral.
Destaque para a ala de tamborins e chocalhos bem limpos e para as terceiras, com um desenho bem simples, resgatando o toque de mestre Odilon e ao mesmo tempo valorizando bastante a melodia do samba. A bateria iniciou seu desfile em 147 BPM, subiu para 148 BPM por um pequeno período, mas depois ficou estável na média de 146 BPM.

União da Ilha

Penúltima escola a desfilar, a União da ilha apresentou diversos problemas em seu desfile, desde o desenvolvimento do enredo até a falta de acabamento em suas fantasias e alegorias, assim como um gigante buraco que se formou no meio da avenida, mas a Bateria comandada pelos mestres Keko e Marcelo não tem nada a ver com isso e fez um desfilhe brilhante mais uma vez.
Destaque para a ala de caixas, desenho das terceiras e uma ala de tamborim bem competente, além de uma bossa em que a bateria fecha e ficam um cavaco e um banjo tocando no fim da segunda do samba. A bateria iniciou o seu desfile em 149 BPM mas depois da empolgação inicial, caiu para 145 BPM e se manteve nessa região durante todo desfile.

Portela

A Tabajara do Samba fez um desfile correto para fechar a primeira noite de desfiles. Mestre Nilo Sérgio chega em seu 15° ano comandando a bateria da azul e branca de Oswaldo cruz e Madureira, que iniciou seu desfile em 146 BPM, mas no fim da primeira passada o andamento já tinha caido para 143 BPM e alguns minutos depois estabilizou em 141 BPM. Infelizmente essa queda brusca de andamento vem sendo um problema constante nos últimos anos.
Destaque para a inconfundível ala de caixas da Portela, que dão um swing muito peculiar. A bateria teve uma boa interação com o publico, mesmo sendo a ultima a desfilar e já pegando os foliões bem cansados nas arquibancadas e frisas.