Por Tarcísio Araújo

 

Estreando sozinho à frente da bateria Não Existe Mais Quente, Mestre Dudu não se esquiva da responsabilidade de resgatar a nota máxima para a bateria e se inspira no passado de glória.

Dudu. mestre de bateria da Mocidade (Foto: Divulgação)

Dudu. mestre de bateria da Mocidade (Foto: Divulgação)

“Estou me inspirando no trabalho que Mestre Jorjão e Mestre Coé (meu pai) usavam e era 10. Marcação de primeira de um lado e segunda do outro, chocalho cascavel, mesma afinação, andamento e também estou dando um toque a mais nas caixas de 14”.

Com a ascensão da Unidos de Padre Miguel nos últimos anos, Dudu mantém uma relação amistosa com a bateria Guerreira, onde já foi mestre de bateria e hoje vê um diretor seu dando continuidade ao trabalho.

“Alguns ritmistas são da Mocidade desde antes da Unidos, mas a interação é muito boa. Mestre Dinho vem fazendo um grande trabalho e fico feliz, pois foi um trabalho que eu e meu falecido pai implantamos”.

Jorjão foi nomeado presidente da bateria e Dudu se orgulha de tê-lo por perto, já que foi na Mocidade que o veterano  mestre teve seus tempos de glória, e aproveita seus ensinamentos.

“A diretoria da escola teve uma brilhante ideia de ter colocado Mestre Jorjão ao meu lado. É uma referência do carnaval carioca e me ajuda muito, é meu guru (risos). Se depender de mim e dos ritmistas será nosso eterno presidente”.

Prestes a ver um mestre de fora assumir a bateria da Mocidade, Dudu se sentiu surpreso.

“Fiquei surpreso, pois a nossa bateria é a única que tem ritmista de casa – diferente das demais – e temos pessoas capacitadas para assumir o posto de mestre, sem precisar de ninguém de fora. Acredito que esse boato serviu de aprendizado e uniu ainda mais a nossa bateria Não Existe Mais Quente, e papai do céu vai nos abençoar com a nota máxima, rumo aos 40 pontos”, concluiu.

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